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quinta-feira, 28 de julho de 2011

PELAS LENTES DA GRAÇA

Texto de Philip Yancey
Maravilhosa Graça

"Fico maravilhado com a ternura de Jesus ao lidar com pessoas que expressaram seus anseios. João narra a conversa improvisada de Jesus com uma mulher junto a um poço. Naquele tempo, era o marido quem dava início ao divórcio. Essa mulher samaritana fora jogada fora por cinco homens diferentes. Jesus poderia ter começado apontando a bagunça que ela havia feito em sua vida. Mas ele não disse: -Mulher, você percebe que coisa imoral você está fazendo, vivendo com um homem que não é o seu marido?. Antes, Ele realmente disse: -Vejo que você está com muita sede.

Tento recapturar esse espírito de Jesus quando me encontro com alguém que desaprovo moralmente. Jesus tratou pecados notórios com misericórdia, e não com julgamentos. Aquele que foi tocado pela graça não vai mais olhar para aqueles que se desviaram como "aquela gente ruim" ou "aquela pobre gente que precisa de nossa ajuda".

Em uma cena do filme Ironweed, os personagens representados por Jack Nicholson e Meryl Streep tropeçam em uma velha mulher esquimó deitada na neva, provavelmente embriagada. Intoxicados eles mesmos, discutem o que deveria fazer com a mulher.
-Ela está bêbada ou é uma vadia? - Nicholson pergunta.
-Apenas uma vadia. É o que tem sido a vida inteira.
-E antes disso?
-Era uma prostituta no Alasca.
-Ela não pode ter sido um prostituta a vida inteira. E antes disso?
-Eu não sei. Apenas uma menininha, eu acho.
-Bem, uma menininha é alguma coisa. Vamos recolhê-la.

Os dois vagabundos viram a mulher esquimó por meio das lentes da graça. Onde a sociedade veria apenas uma vadia e uma prostituta, a graça viu "uma menininha", uma pessoa feita à imagem de Deus, não importa quão desfigurada essa imagem estivesse.

Nosso encontro com a Misericórdia afeta de forma profunda nossa interação com os outros. "Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" [Mt 5.7]. Olhamos além das aparências e abaixo das superfíces, de modo a reconhecer os outros como companheiros de ferimentos.

É por essa lente que devemos enxergar as pessoas!

Um comentário:

Edu Leal disse...

Graça e paz!
Muito bom o texto!!!
http://www.youtube.com/watch?v=YzJnG5axubo&feature=related