Bem vindo ao meu espaço

Uma página aberta para a reflexão e restauração da saúde do pastor e de sua familia.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A ESPOSA DO PASTOR - PARTE 2

Nós temos aprendido o que significa hospitalidade uns aos outros. A esposa do pastor deve abrir a sua casa, não porque é a esposa do pastor, mas porque todos devemos abrir nossas casas. Ela pode ter sentido no passado, que deveria convidar todas as familias da igreja para jantar uma vez por ano. Surpreenda-se: Você não deve! Não está escrito em lugar nenhum que a esposa do pastor deve ser a hospitaleira das multidões! Não estamos falando sobre chás para as senhoras da união missionária, nem que os membros de sua própria familia nunca terão um jantar tranquilo juntos. A esposa do pastor receberá em sua casa as pessoas do seu pequeno grupo ou célula, amigos não alcançados, vizinhos e especialmente outros líderes da igreja nos quais você e seu marido estão investindo suas vidas.

A esposa do pastor não precisa de uma casa enorme, saber como preparar pratos especiais ou se uma dona de casa impecável. Hospitalidade não tem a ver com o que temos ou quanto temos. Tem a ver com o que nós fazemos com aquilo que temos. Quando você abre sua vida, você abrirá também a sua casa.
Que tal a esposa do pastor exercer seu ministério em conjunto com seu marido? Ser pastor geral em uma igreja em células não é algo que o pastor possa fazer sozinho. Não dá para vivenciar o ministério independente da esposa. Se células fossem um outro programa, outro evento para cativar pessoas, ou apenas uma faceta da vida da igreja, então a esposa poderia escolher ser uma parte, ou não, nisso, assim como os outros membros. No entanto, sendo que a vida em células é um estilo de vida, ela permeia cada área da vida do pastor, da esposa e de toda a igreja. É imperativo que a esposa do pastor esteja em acordo com o seu marido neste desafio.

Algumas esposas suporão que o ministério em conjunto significa ser apoio para o marido, ser ativa na célula e ministrar primeiramente a seu marido. Outras irão ministrar conforme a liberação dos seus dons em complementação aos dons de seus maridos. Em algumas igrejas em células, o pastor e sua esposa servem como copastores. Considere algumasquestões que serão esclarecidas a respeito daquilo que ministério em conjunto significará para a esposa do pastor:

Você está disponível para desenvolver gestos simples como construir relacionamentos com outros casais da igreja, estando presente quando seu marido precisar aconselhar alguém do sexo oposto, exercendo hospitalidade e participação no pequeno grupo? Você como esposa sábia pode ajudá-lo nos bastidores, ouvindo-o, desafiando suas idéias, compartilhando seus pontos de vista e encorajando-o.

Atente para seus dons. O seu dom é daqueles que beneficia seu marido no seu ministério? Por exemplo, se a esposa tem o dom de administrar, pode ajudar seu marido a organizar-se, observar a agenda etc.

Qual a idade de seus filhos? Quanto tempo a esposa do pastor pode 'doar' para o ministério sem que afete adversamente sua casa? O sábio em Eclesiastes afirma que "há tempo para tudo..." Este é o momento de ministrar ao corpo de Cristo de maneira mais ampla.
Como esposa, você apoia o ministério de seu marido? Como é possível demonstrar esse apoio por meio de atitudes? Você o honra diante dos filhos?

O que revela o perfil de sua personalidade? Você, como esposa do pastor, faz parte da equipe chave de liderança que Deus está formando em sua igreja? Como sua personalidade e dons combinam com o seu marido e os do restante do grupo?

A esposa do pastor é espiritualmente submissa ao marido? Entende que ele tem o governo espiritual do lar? 

Como é a vida espiritual de vocês juntos? Vocês oram regularmente e leem a palavra de Deus juntos? Como isso pode ser melhorado?

Dando honra a mulher como vaso mais frágil!
Paz! 

A ESPOSA DO PASTOR - PARTE 1

A esposa do pastor. É assim mesmo como ela é tratada em muitas igrejas, ou seja, a mulher sem nome. Na maioria dos casos, as igrejas em geral possuem uma expectativa em relação ao que a esposa do pastor deve ou não fazer. A lista geral inclui tudo desde a idade apropriada à roupa correta, cabelos, filhos, carreira, atividades e personalidade. Isso inclui o que ela pode fazer dentro ou fora da igreja. Por exemplo, algumas igrejas esperam que a esposa do pastor trabalhe fora para que tenha de pagar menos ao seu marido. Outras preferem que ela não trabalhe fora para torná-la mais disponível para exercer mais responsabilidades na igreja.

Infelizmente a lista de exigências nunca chega a uma concordância. Por isso, não importa o quanto ela seja inteligente, espiritual, amorosa ou capaz, sempre sofrerá o impacto de várias críticas. O velho ditado se aplica nesse caso: "Você pode agradar algumas pessoas por um determinado tempo, mas não agradará todas as pessoas o tempo todo".

Mas temos de comemorar! Porque algumas igrejas têm buscado retornar ao modelo de igreja bíblica, há muito deixado de lado. Com esse movimento podemos proclamar boas novas para as esposas dos pastores. No modelo bíblico de igreja a esposa de pastor pode ser ela mesma. Em outras palavras, não apenas é impossível agradar as pessoas, mas não precisa nem mais tentar fazer isso! Em uma igreja bíblica, cada indivíduo (até mesmo a esposa do pastor), é encorajado a tirar sua máscara. De fato, quanto mais transparentes forem o pastor e sua esposa, mais os outros membros da igreja irão sentir que é seguro ser real. Ninguém pode esconder-se num modelo de igreja saudável.

O modelo de igreja bíblica possui uma filosofia de ministérios baseada nos dons. Deus colocou cada um de nós no Corpo funcionalmente de acordo com a Sua vontade. A esposa do pastor não é exceção. Baseada nos seus dons, ela precisa descobrir para qual ministério Deus a chamou. Ser esposa de pastor não é um dom espiritual. Certamente que essa condição requer graça especial, mas não é um dom espiritual. Assim como outros membros, ela agora está livre para encontrar aquele lugar ou ministério na igreja que o Senhor quer que ela se dedique.

Em muitas igrejas, a esposa do pastor é pressionada a participar de vários comitês, tocar piano, lecionar na Escola Bíblica, cantar no coral e ser líder das mulheres. Possivelmente, queriam que ela fosse bem visível mas muito silenciosa. Na condição de esposa do pastor a igreja espera que ela seja a primeira a estar na casa do membro enlutado ou que trouxesse o prato mais vistoso no jantar da igreja. 

Não é mais assim! Aleluia!! Quais dons esta mulher recebeu? Como Deus manifesta Sua vida e obra por meio de você? Em qual ministério Ele quer que essa mulher invista? Em uma igreja bíblica não é exigido que 10% apenas, ou o pastor e sua esposa façam todo o trabalho do ministério. A função do pastor é equipar os santos para fazerem o trabalho do ministério. A esposa do pastor é um desses santos sendo equipados. Quando 100% do corpo é funcional, então uma esposa de pastor não precisará assumir cinco ou dez funções diferentes.

Pode ser que você seja aquela esposa de pastor que decidiu não participar do jogo da igreja e desenvolver sua própria carreira, pulando fora há muito tempo da cena da igreja tradicional. Agora você só aparece para os cultos de domingo pela manhã. Sua reação ao desejo de seu marido pastor de mudar-se para um modelo de igreja diferente, bíblico de verdade. Mas mesmo assim sua fala é: "Faça o que quiser, meu amor, só não me peça para fazer nada!Você é a pessoa que contrataram, portanto, faça seu trabalho como desejar".

Você mostra ser uma de muitas esposas simplesmente exaustas, desiludidas e machucadas, faminta por uma vida cristã saudável e real, possível de se viver, mas muito ferida e temerosa demais para começar novamente. Você precisa de uma igreja bíblica e isso significa "relacionamentos". Se você é uma pessoa naturalmente sociável, então isso pode lhe soar bem. Lamentavelmente, as esposas que sempre foram menos sociáveis, aquelas que foram apunhaladas pelas costas várias vezes, e aquelas que aprenderam a excluir a igreja podem não estar empolgadas a formar esses relacionamentos. Possivelmente já foi dito a muitas esposas de pastor que jamais deveriam ter amigos próximos que fossem da igreja.Você pode ter mantido, propositadamente, distância de outras pessoas. Gastar mais tempo com cristãos, abrir-se para uma maior intimidade e ser vulnerável provavelmente não são sugestões muito comuns.

O cristianismo tem a ver com o nosso relacionamento com Deus e nosso relacionamento uns com os outros. Toda a Bíblia trata desses dois aspéctos. Numa igreja bíblica onde a vida flui a partir de pequenos grupos ou células, nós paramos de falar sobre amor, oração e aceitação, perdão e domínio-próprio. Ao invés disso, somos desafiados a viver isso de maneira demonstrável.   

Em respeito, admiração e amor profundo à minha amada esposa Girlaine

Divulgo esse texto extraído do M.I.C.
Ministério Igrejas em células




























          

sábado, 18 de junho de 2011

QUANDO O PASTOR VAI PARA O DESERTO

Não preciso recapitular a vida intensa que o rei Davi levou. O homem chamado "Segundo o coração de Deus" viveu desde bem jovem a experiência da vida pastoral, quando cuidava das ovelhas de seu pai. Não é o mesmo privilégio que nós pastores recebemos? Cuidar das ovelhas do Pai celestial.

Numa época em que Saul 'defendia' seu trono com unhas e 'lanças'; o pastor de Israel se via fugindo de cidade em cidade. O inimigo queria, a qualquer custo matá-lo. Em meio a 'correria' que era sua vida, pôde salvar toda uma cidade, chamada Queila, da maldade dos filisteus (1 Samuel 23). Saul o localiza por aquelas regiões e cerca toda a cidade. Davi ainda tem o cuidado de consultar o Senhor, recebe direcionamento, mas está exausto e ainda precisa sair apressadamente de Queila "sem rumo certo" (v.13). É a hora em que o pastor entra no deserto (v.14). Num profundo estado de isolamente e escassês. Nada parece fazer sentido nesse lugar.

Cá pra nós, pastor! Nunca viveu momento semelhante? Nunca se viu em extrema agitação e ativismo, sentindo-se precionado e cercado pela igreja que quer ver resultados? E oprimido pelo diabo? Momentos em que não sabe o que se faz! Nos vemos num deserto funesto, precisando urgentemente de descanso, de colocar as emoções em ordem; e o mais importante: Compartilhar com alguém, abrir o coração com um amigo. Quanto precisamos sentir o cuidado de Deus sobre nossa vida.

Eu vivi esses momentos, sei como é! Ansiamos falar com alguém, como Jó desabafou em sua dor: "Falarei para que ache alívio". Dependemos falar, ter contato para sermos fortalecidos. Como ser fortalecido nessa hora? Deus sabe como!

Os versículos 16 a 18 narram:

"Então, se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi, a Horesa, e lhe fortaleceu a confiança em Deus, e lhe disse: Não temas, porque a mão de Saul, meu pai, não te achará; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo, o que também Saul, meu pai, bem sabe. E ambos fizeram aliança perante o Senhor. Davi ficou em Horesa, e Jônatas voltou para sua casa".

Em crises intensas e momentos de desertos, todo pastor precisa de um Jônatas, que o procure mesmo nos difíceis esconderijos do deserto. Nos desertos da vida o pastor precisa de fortalecimento na confiança em Deus, porque ela também esmorece de vez em quando. Somos tão humanos quanto qualquer outra pessoa. Pastores precisam que outros pastores liberem palavras de conforto e ânimo, que esteja ao seu lado; ainda que contrarie a lógica (de ir contra o próprio pai para proteger o amigo); e que profetize os propósitos de Deus para o seu ministério, que seja boca de Deus na vida do pastor no deserto. Que firme pacto de amizade e que o coloque num patamar de importância, que ministre amor e cuidado (v.18).

Vejo algo incrível acontecer nessa história: Jônatas voltou para sua casa; mas Davi continuou no deserto, mas com o coração diferente, com a perspectiva de que alguém se importava com um pastor no deserto, em dificuldades.

Alguns anos depois, quando Saul e Jônatas eram já mortos, podemos encontrar o resultado do trabalho pastoral de Jônatas sobre a vida de Davi. Em 2 Samuel 3.1 lemos: "Durou muito tempo a guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; Davi se ia fortalecendo..."

Alguém fortaleceu aquele pastor no deserto porque sabia que seu ministério seria grande e promissor, ainda que não vivesse para ver o que Deus faria na vida do amigo. Nada mais precioso do que cuidar de um pastor no deserto!

De pastor para pastor!

Silvio Duque
   

 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O PROLONGAMENTO DA DOR

Quanto tempo vai durar a dor daqueles que tiveram de enterrar seus próprios parentes, por não poderem mas suportar  cheiro do apodrecimento natural de seus corpos, como aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro? Quanto tempo vai durar a dor daqueles que perderam tudo: casa, móveis, roupas, documentos e recordações familiares? Quanto tempo vai durar a dor provocada pelos surtos psicóticos e depressivos que vieram à tona quando as vítimas começarem a tomar conhecimento das verdadeiras proporções da tragédia fluminense?

Nem sempre a alegria rompe pela manhã cedo, depois de uma noite de choro (Sl 30.5). A dor pode durar mais de um dia, mais de uma semana, mais de um mês, mais de um ano. A outra boca do túnel, que dá para a claridade, pode estar a uma distância muito grande.

A caminhada dos filhos de Israel, do Egito à terra de Canaã, durou quarenta anos (Dt.8.2). O exílio babilônico se estendeu por setenta anos (Jr.25.11). Por quarenta anos, o Egito sofreu humilhações e destruição até saber que Deus é o Senhor (Ez 29.12). Nabucodonozor passou sete 'tempos' andando de quatro e comendo a grama do palácio até tomar consciência de que Deus é quem "destrona reis e os estabelece" (Dn.4.32-33). O rei Davi provavelmente passou cerca de dez anos sofrendo as consequências do seu adultério.

Jó perdeu todos os filhos em um mesmo dia, por causa de um desabamento semelhante ao de Nova Friburgo e Teresópolis. Ele foi privado de 11.500 cabeças de gado e de todos os empregados da fazenda; perdeu a coroa (Jó 19.9), a saúde e a solidariedade espiritual de sua esposa. Recuperou tudo, mas não foi repentinamente. Em meio a dor, o homem da terra de Uz questionou: "Por que esperar, se já não tenho forças? Por que prolongar a vida, se o fim é certo?" (Jó 6.11).

Tanto a dor quanto o seu prolongamento, em última análise, são mistérios. Porque todos sofrem: as crianças, os idosos, os bons e os maus, os cristãos e os não-cristãos, os ricos e os miseráveis. Uns sofrem mais, outros menos. Em alguns casos, a dor prolongada é uma fábrica de revoltosos e incrédulos. Em outros, é uma fábrica de santos e de pessoas disponíveis aos outros. A dor prolongada tanto pode ser uma tentação como uma provação. Se ela me afastar de Deus, é uma tentação; se ela me aproximar dele, é uma provação e uma bênção.

Por mais misteriosa que seja a dor prolongada, a pior maneira de lidar com ela é perder a comunhão com Deus, perder a fé, perder a esperança. Esse foi o conselho da mulher de Jó ao marido: "Amaldiçoa a Deus, e morre". Ela obteve a resposta certa: "Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal"? (Jó 2.9-10). O sofrido Jó suportou a dor prolongada por meio da esperança: "Eu sei que o meu redentor vive e que no fim se levantará sobre a terra" (Jó 19.25).

Dificilmente a dor prolongada dura a vida inteira. Porém, se durar muito tempo ou o tempo todo, os cristãos em comunhão com Deus sabem que " no fim o Redentor se levantará sobre a terra". Esse mesmo redentor "Enxugará dos seus olhos toda  lágrima. Então não haverá tristeza, nem choro, nem dor [muito menos a dor prolongada], pois a antiga ordem já passou". Assim, aquele que reina sobre tudo e sobre todos e que está sentado no trono dirá: "Estou fazendo novas todas as coisas" (Ap.21.4-5).

Revista Ultimato
Mês Maio/Junho 2011.       

DEPRESSÃO EM PASTORES

Algumas pesquisas entre o público evangélico têm demonstrado que o número de pastores com problemas psiquiátricos tem aumentado. Segundo o psiquiatra Dr. Pércio, essas pesquisas tem apontado, que entre os  pastores, esse índice é maior que em outras profissões. Recentemente foi verificado que em um grupo amostral 26% eram pastores portadores de problemas psiquiátricos no caso, depressão. Segundo a pesquisa de Lotufo Neto, medico psiquiatra e professor de medicina do hospital das clinicas em São Paulo,  foi encontrado maior incidência de doenças mentais entre ministros protestantes se comparados à população geral, e os transtornos depressivos responderam por 16,4% das doenças mentais encontradas nos ministros protestantes.

Conforme pesquisas da Universidade do Rio Grande do Sul UNISINOS o pastor, líder carismático, ungido, investido da imagem do "homem de Deus" na comunidade, tem que estar sempre pronto e disponível para as atividades pastorais. Essa pronta disponibilidade atrelada à falta de um horário determinado para as atividades pastorais é apontada como uma das causas predisponentes a doenças. Essas atividades frequentemente demandam uma alternância de emoções: sepultamento pela manhã, reunião de liderança à tarde, casamento em final de tarde e culto à noite; ou seja, a vivência, num mesmo dia, da dor e do luto, o exercício da lógica e a preocupação, a celebração de momento de alegria, prédica e exortação; e atreladas a essas atividades, todas as emoções sentidas, expressas e contidas pelo veículo sagrado.
A função pastoral está atrelada a responsabilidades e preocupações com o reino de Deus de uma forma ampla (crescimento do reino, manutenção, assistência a lideres e a irmãos da igreja, entre outros.), todas estas coisas causam um desgaste físico e às vezes até emocional. 

Existem alguns fatores na análise de uma depressão. São eles:

Fisiopatologia fatores endógenos: uma das hipóteses mais aceitas é a hipótese biológica. As deficiências dos neurotransmissores como:  serotonina (substância que modula o humor, sono e  apetite,), noradrenalina (moduladora do humor ),( dopamina substância estimulante). O baixo nível de captação neuronal  dessas substâncias causa a depressão.

Fisiopatologia fatores exógenos: Fatores ambientais, como por exemplo, o estresse, circunstâncias adversas, problemas profissionais, familiares, momentos de perda, de ruptura, etc., ou seja, trata-se de uma Depressão causada fundamentalmente por fatores ambientais externos.
Sintomas: Os sintomas de depressão são muito variados, e podem mudar de uma pessoa para outra. Existe uma forma didática e básica para conseguir detectar seus sintomas e são  chamados: A) Inibição Psíquica, B) Estreitamento do campo Vivencial, C) Sofrimento Moral.

A)    Inibição Psíquica: Inibição psíquica é o processo pelo qual leva o deprimido a ficar lento em suas ações, ela faz com que tarefas do cotidiano se tornem uma eternidade, pois não há dinamismo mental, ela compromete a memória e o rendimento intelectual e verbal.

B)   Estreitamento do campo Vivencial ( perda de prazer): É uma expressão que representa a progressiva perda do prazer. Essa evolução da depressão pode chegar a Anedonia, que é a incapacidade em sentir prazer em suas atividades até mesmo as que no passado geravam prazer. Nesta fase o indivíduo se fecha para o mundo, pois não há ânimo para as atividades ocupacionais, as quais são substituídas por grandes períodos de isolamento. Não existe com os outros e nem consigo mesmo, nada mais pode gerar prazer.

C)Sofrimento Moral, ( autoestima baixa): Esse sentimento é caracterizado por sentimentos de menos valia, trata-se de um sentimento de autodepreciação, autoacusação, inferioridade, incompetência, culpa, rejeição, fraqueza.
Dados demonstram que na fase do sofrimento moral é elevado o número de pessoas com ideação suicida, a pessoa depressiva se vê como o pior ser humano, e se acha o ser humano mais incompetente do mundo. Para diminuir ou acabar com essa dor, alguns buscam a saída no suicídio.
Em sua pesquisa o Dr° em psiquiatria e presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil, Pércio ,identificou que algumas causas que levaram esse grupo amostral de pastores a depressão.São elas:
-Problemas com lideranças de igreja;
-Baixa remuneração;
-Mudança constante de igreja;
-Falta de apoio da igreja local, pastor tem expectativas que não são correspondidas pela igreja;
-Estresse relacionado à atividade pastoral;
-Também foram observadas as queixas das esposas com relação ao tratamento dado pela igreja;
-Pecado e enfraquecimento na fé.
A bíblia nos mostra homens que tiveram grande experiência com Deus e que passaram por momentos de comprometimento de sua saúde, Elias é um dos personagens que passou por uma depressão. Mesmo tendo passado por este período difícil de sua vida, Deus lhe mostrou uma saída.
  
Algumas intervenções para  superar a depressão:

1 ) Abrindo-se para uma experiência diferente com Deus.  I Reis 19: 5-21.
E depois do terremoto, um fogo, porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu, e pôs-se à entrada da caverna. E eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias? 1 Reis 19:12-13
No quadro depressivo é comum as pessoas se fecharem para o mundo, porém deve-se  incentivar a busca pela experiência com Deus, pois ele sabe como nos ajudar neste processo. Elias só conseguiu superar devido essa experiência espiritual que mudou sua vida e ministério.

2 )  Sabendo que nossa missão é importante para Deus
E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e vem, e unge a Hazael rei sobre a Síria. 1 Reis 19:15
Deus estava reafirmando que a tarefa de Elias era importante para nação de Israel, o cenário espiritual político estava em declínio e Elias era o homem que seria usado para promover mudanças. Quando alguém entra no quadro depressivo logo seu trabalho, família e comunidade não têm mais importância. É necessário realçar essa verdade que Deus, em seus propósitos conta com aquela pessoa.

3 ) Superando a decepção com o próximo
E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem. 1 Reis 19: 14
A depressão de Elias era exógena, a falta de compromisso das pessoas, o descaso com o sagrado, a superficialidade fizeram com que aflorasse a depressão. Pessoas com o perfil de perfeccionismo, podem no decorrer do ministério se frustrar, pois, encontrão pessoas descompromissadas. È necessário saber que nossa missão é oferecer apoio e alimento espiritual e caberá ao outro decidir pela escolha. Desta forma teremos claro em nossa consciência o senso de dever cumprido.

4 ) Utilizar o modelo comportamental adotado por Jesus.
Jesus é nosso protótipo perfeito em tudo, ele possuía  engajamento social saudável.

E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Cana da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas. João 2:1-2

Um dos fatores exógenos que leva a depressão é o distanciamento social. Jesus demonstrou muitas vezes estar envolvido  com eventos sociais saudáveis.
Dentro da agenda de Jesus ele destinava períodos para recarregar suas  energias vitais, dando tempo para a reflexão, descanso da fatiga gerada pela ministrações. É de suma importância que o ministro saiba desfrutar também de tempos para renovação física e mental. Afastando assim alguns motivos que desencadeiam a depressão.
A depressão não escolhe idade nem classe social, e nenhum de nós estamos isentos de passar por ela, é de suma importância que nós ministros estejamos atentos para esses sinais, pois o diagnóstico precoce e a prevenção ainda é o melhor remédio para cura.

Instituto Jetro