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Uma página aberta para a reflexão e restauração da saúde do pastor e de sua familia.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

LIDANDO CONTRA A RAIVA

Para muitos de nós, é bastante difícil lutar contra a irritação. Alguns temos um histórico de raiva, e assim tentamos reprimir nossos sentimentos. Já outros ocultamos os sentimentos de coragem, fingindo que não existem, porque, no passado, nunca puderam expressá-los. 

Se alguns de nossos problemas derivam de não sabermos como expressar apropriadamente a nossa irritação, é possível que procuremos não lidar com eles. Talvez seria melhor "deixá-los de lado", com a esperança de que desapareçam. Avaliar como lidar com a irritação de forma adequada é parte importante em nosso caminhar saudável.

O apóstolo Paulo disse: "Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem e não fiquem o dia inteiro irados. Não deem ao diabo oportunidade para tentar vocês". (Efésios 4.26-27). Uma saída é estabelecer um tempo limite diário para lutar com a nossa coragem; um tempo para encontrar a maneira de expressar os nossos sentimentos e, então, abandoná-los.

Lutar contra a irritação rapidamente é importante, pois, quando permitimos que amadureça, ela se transforma em amargura. A amargura é a raiva que foi enterrada e teve tempo para crescer. A Bíblia nos adverte: "Abandonem toda amargura, todo ódio e toda raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades! Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês". (Efésios 4.31-32).

Os Alcoólicos Anônimos ensinam que nunca devemos chegar ao ponto de estar muito famintos, zangados, sós ou cansados. Poderemos conseguir isso se logo lidarmos com a raiva tão logo apareça.

VERDADE, RECUPERAÇÃO E SAÚDE

A verdade traz cura - Pelo fato de a verdade causar dor, muitas vezes tentamos nos proteger dela. Quando Isaías disse a verdade ao povo de Judá com relação à seus pecados, eles agiram como muitas vezes agirmos: esconderam-se na negação. Recusaram-se admitir que tinham pecado. Fazendo assim, também se recusaram a experimentar o poder curador da verdade. Nosso programa de recuperação somente será eficiente quando nos abrirmos à verdade, independentemente da dor que isso possa causar.

A Negação leva à procura de culpados - Em vez de admitirem seus pecados e reagirem frente aos mesmos, o povo de Judá culpou a Deus pelas terríveis consequências dos mesmos. Se continuamos na negação, também nos tornaremos exímios em encontrar culpados. Se desejamos progredir na recuperação e andar saudável, necessitamos assumir a responsabilidade por nossas ações. As dolorosas circunstâncias que sofremos muitas vezes são consequências diretas das nossas próprias faltas.

É onde entra a oração: Deus não é um capacitador. Como vemos no livro de Isaías, Deus leva muito a sério as nossas ações. Deus faz por nós o que somos incapazes por nós mesmos; mas, então, deixa o restante ao nosso encargo. Isaías disse ao povo que, apesar da iminente destruição, Deus os libertaria do cativeiro babilônico. Deus providenciou os meios, mas o povo devia dar os passos para sair da Babilônia. Quando nossas orações por restauração não são respondidas, pode ter chegado a hora de agirmos. Muitas vezes, somente depois de agirmos em fé é que seremos capazes de ver o que Deus já realizou em nosso favor.


A SAÚDE E O INVENTÁRIO DE NÓS MESMOS

Confissão
Neemias 9.1-3

Façamos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

Ao fazermos nosso inventário moral, provavelmente faremos uma lista de nosso hábitos destrutivos, das nossas falhas de caráter, dos erros cometidos, das consequências de escolhas erradas com as quais convivemos agora e dos danos que causamos a outras pessoas. É semelhante a revirar todo o lixo de nosso passado. Isso é doloroso, mas é procedimento necessário para jogar fora os hábitos e comportamentos deteriorados. Se não lidarmos com eles, certamente arruinarão todo o resto de nossa vida.

Os exilados judeus que retornaram do exílio "confessaram os seus pecados". Essa frase diz muito. A ideia da confissão envolve não apenas assumir os nossos pecados,  mas também inclui sentir verdadeira tristeza por causa dos mesmos. Pecados são ofensas contra Deus, inclusive toda e qualquer transgressão contra a vontade dEle. A sequência natural da verdadeira confissão, após assumirmos nossos pecados e lamentá-los perante Deus, é abandoná-los.

A confissão dos israelitas nos serve de modelo a seguir ao realizarmos nosso inventário moral. Podemos listar as ocasiões em que ocorreram nossas ofensas, nossos hábitos destrutivos e as consequências que causamos em nossa vida e na vida de outros. Então, depois de nos responsabilizarmos por todo o lixo, podemos "jogá-lo na lixeira".

Na sua confissão, os israelitas assumiram, lamentaram e, então, descartaram seus pecados. Após isso, estavam melhor habilitados a fazer um novo começo. Nós podemos "assumir" o lixo em nossa própria vida ao nos responsabilizarmos pessoalmente por escolhas feitas e ações praticadas. Podemos "lamentar" os pecados permitindo-nos chorar. Podemos "descartar" os pecados deixando-os para trás e direcionando-nos para o futuro.