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Uma página aberta para a reflexão e restauração da saúde do pastor e de sua familia.

sábado, 19 de janeiro de 2013

TRATANDO A SOLIDÃO

Ela é uma das fontes mais universais de sofrimento humano e uma condição permanente e contínua na vida de milhões de pessoas. A solidão desconhece os limites de classe, raça, ou idade. Ela envolve um sentimento íntimo de vazio que pode ser acompanhado de tristeza, desânimo, sensação de isolamento, inquietação, ansiedade e um intenso desejo de se sentir amado e necessário à alguém.

Mesmo a Bíblia declarando: "Não é bom que o homem esteja só...", é possível percebê-la na vida de homens como Jacó, Moisés, Jó, Neemias etc. Davi certa vez se queixou por sentir-se só: " Olho para os lados e não vejo ninguém que me ajude. Não há ninguém para me proteger, não há ninguém que cuide de mim" (Salmo 142.4).  

Algo que rejeitamos aceitar é o fato de a solidão, pelo menos até certo ponto, pode ser uma falha da própria pessoa. Aumentamos o nosso potencial de solidão quando somos apanhados numa competidão intensa, lutando pela auto-suficiência, centrados em nossos próprios interesses e sucesso pessoal, críticos ou intolerantes em relação a outros, apegando-nos aos ressentimentos ou exigindo atenção dos outros. Tais atitudes, no geral, nos levam a usar outras pessoas para satisfazer nossas próprias necessidades ou suprir nossos próprios egos. Nada afasta mais depressa os outros, e isto nos isola.

Encarando de frente as diversas possibilidades de causa da solidão, buscando trata-las adequadamente, sugiro algumas reflexões importantes:

Devemos admitir o problema - Ao se sentir solitário, os primeiros passos em direção à cura é admitir a solidão, reconhecer que ela é penosa e decidir fazer algo sobre o problema; ao invés de se sentir um desajustado social.

Precisamos considerar as causas - Com ajuda de um amigo, profissional ou terapeuta, buscando identificar as causas, será possível trabalhar na fonte da solidão em vez de tentar eliminar os sintomas. 

Aceitemos o que não pode ser mudado - Considerando as causas, será importante reconhecer que embora algumas coisas possam ser transformadas, tal como o autoconceito negativo ou atitudes derrotistas que produzem solidão, existem outros pontos imutáveis. A viúva solitária, não pode ter de volta o marido, nem podemos sustar a tendência moderna das pessoas se mudarem constantemente. 

Alteremos o que podemos alterar - Solitários devem ser ajudados a ver e reconhecer seus pontos positivos, habilidades e dons espirituais, assim como as fraquezas. Busquemos a dar o melhor de nós, com a ajuda sobrenatural de Deus. 

Enfrente Riscos - Mesmo com uma auto-imagem positiva, as vezes é preciso coragem para estender-se a outros. E se eles nos criticarem ou rejeitarem, ou deixaremos de responder? Isso embaraça e ameaça. É aí que nos arriscamos nos relacionamentos com outros.

Aprenda habilidades - Podemos, de verdade,  a aprender a se  comunicar com outras pessoas. Tudo que é comportamental pode ser modificado. Desenvolver habilidades de sociabilidade é vital para vencermos a solidão.

Satisfazer necessidades espirituais - O próprio Deus declarou que as pessoas precisam umas das outras se quiserem evitar a solidão. Precisamos, porém, entender que a solidão jamais desaparece por completo até que, além da companhia humana, o indivíduo seja apresentado a JESUS CRISTO. O Seu Espírito vive no interior de todo crente, ajudando-nos, orando por nós e nos tornando mais semelhantes a Cristo.

Fonte: Gary Collins.





quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O PROCESSO DA EDIFICAÇÃO

Deus usa o processo de edificação para tratar os nossos pecados, feridas, dores, conflitos, raiva e necessidades emocionais a fim de trazer cura e crescimento às nossas vidas e à da comunidade (igreja) que pertencemos. Cada passo no processo de edificação é necessário para que o próximo passo aconteça:

1 - Identificação: Entendemos, damos nome e definimos especificamente o fruto e a raiz da nossa dor, pecado, raiva, ferida e/ou conflito. Na maioria dos casos torna-se difícil identificar a raiz de nossos pecados e feridas, devido as nossas negações e camuflagens.


2 - Confissão: Consiste em reconhecermos, verbalizarmos, admitirmos o que tem sido identificado como causas e fontes da nossa dor, raiva, ferida e/ou conflito. Confessar significa 'reconhecer'. Isso nos ajuda a sermos específicos na conversa com Deus; invés de sermos vagarosos.

3 - Aplicação: Começamos novamente, restauramos a vida, consertamos e mudamos em nossas vidas aquilo que identificamos como atitudes ou ações destrutivas, disfuncionais e pecaminosas e, andamos com a mente de Cristo. A aplicação inicia quando permitimos que Deus destrua os muros fora de prumo que construímos em nossa vida (Leia Ezequiel 13.15-16).

4 - Edificação: Agora Cristo pode nos edificar e nos usar para a edificação de outras pessoas.

Continuemos nossos processos!!!

EDIFICADOS EM CRISTO

A palavra 'Edificação' no Novo Testamento vem do grego "oikomodeo" que traduzido diz: "Promoção do desenvolvimento espiritual de um corpo ou Igreja (Efésios 2.1) - Um edifício em crescimento. Nossa edificação, ou crescimento espiritual acontece quando a cabeça, Cristo, começa a ministrar ao seu corpo (ou comunidade) por meio de outros membros (ou pessoas). Cristo ministra a mim por meio de outros irmãos.

Hoje corremos perigo de a igreja se tornar um movimento que solucione os seus problemas espirituais por si em vez de ser edificado por Cristo. Isso acontece quando se extrai a energia da concentração de habilidades, sabedoria e recursos próprios da igreja. Uma comunidade edificada por Cristo libera o poder espiritual, a sabedoria e os recursos, de Deus!

Existem três maneiras hoje de percebermos um grupo de resolvedores de problemas espirituais:


a) As pessoas se veem como a fonte da edificação em vez de ser o 'condutor' para o processo de edificação de Cristo.


b) Uma pessoa traz uma necessidade à comunidade em vez de, primeiro, colocá-la aos pés da Cruz pela oração e súplica.


d) O líder ou um membro é visto (na sua própria mente ou na mente do grupo) como o "edificador" oficial que tem as respostas ou a fórmula para todos os problemas e necessidades.


O Senhor Jesus é quem deve decidir sobre nossos problemas ou necessidades. Devemos sempre indagá-lO:


Pai, revela a fonte do problema!

Senhor, como Tu vai resolver isso?
Onde, Senhor, Tu vai resolver o problema?
Quando, Senhor, Tu tratará dessas questões em minha vida?


QUEBRANTAMENTO

Um princípio importante no processo de alcançar cura, restauração e transformação interior é o quebrantamento. A partir do momento que tomamos conhecimento de fatos e verdades a nosso respeito, torna-se necessário 'reagir' diante desse conhecimento.

Quebrantar significa se render, se entregar representando ao mesmo tempo Arrependimento e Humilhação diante de Deus. Quando constatamos uma realidade sobre nós mesmos e, enquanto nos debatemos e esperneamos contra ela, não ficaremos curados. Ao contrário, quando a realidade vem à tona traz-nos dor, podemos chorar e derramar nossa alma diante de Deus, estamos assim iniciando o nosso processo de cura.

Só tomar consciência não produz cura! A nossa saúde vai requerer certa atitude e postura frente à problemática. Quebrantamento não é fácil e nós sempre que pudermos, resistiremos a ele. Nossa reação natural é o ressentimento, a revolta, negação e inquietação. Passando por esse primeiro momento 'doloroso', havendo possibilidades de rendição e submissão, então temos uma boa notícia: Podemos nos curar! Aleluia!!


domingo, 6 de janeiro de 2013

SAUDÁVEIS NOS RELACIONAMENTOS

Infelizmente um número enorme de pessoas estão feridas e desgastadas pelo intenso peso das mágoas. São pessoas ressentidas; ou seja, sentindo repetidas vezes as dores que sofreram de um conflito pessoal. A questão é que todos experimentamos essas 'rupturas' em nossas vidas, em nosso relacionamento com Deus e com as pessoas. Esses sentimentos tendem a nos sobrecarregar e, facilmente nos conduzirá à outras crises e enfermidades.

Nossa restauração não será plena e saudável até que todas as áreas doentes estejam reparadas. Jesus ensinou: "-Se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta". (Mateus 5.23-24). 

O apóstolo João endossa: "- Se alguém diz Eu amo a Deus, mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê". (1 João 4.20).

Um fato que desperta a atenção no texto de Jesus é que pessoas ressentidas com as outras tem consciência disso, pois elas "lembram". Ao lembrar do fato que existe um conflito pessoal entre você e alguém, ao invés de endurecer o coração, sua atitude de ser a de buscar uma reconciliação o mais rápido possível, e se livrar da monstruosidade da mágoa. Muitos cristãos, infelizmente, estão escravizados e adoecidos pelo ódio, inclusive pastores, que desgastados uns com os outros, se contorcem de raiva, resistindo ao concerto.

Outro fato curioso na fala de Jesus é que a restauração do relacionamento é mais importante que o culto. A oferta ficaria para depois. Pois o altar poderia esperar até que as pessoas se retratassem e se reconciliassem. Aquela oferta marcada pela mágoa não seria aceita pelo Deus eterno, creio que seria como a oferta de Caim, que por ódio matou o seu irmão.

Precisamos decidir reparar as rupturas em nossos relacionamentos. Isso exige que façamos as pazes com Deus, conosco e com outros quem nos afastamos. Assuntos não resolvidos nos relacionamentos podem nos impedir de estar em paz com Deus e conosco. Devemos manter nossa mente e coração abertos a qualquer pessoa que possamos ter negligenciado. Com frequência, Deus nos lembrará de relacionamentos que precisam de atenção. Não demore para ir ao encontro daqueles que ofendemos ou por quem fomos ofendidos e procurar reparar os danos causados.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

IMPOTENTES COMO AS CRIANÇAS

Para muitos que se encontram em processo de recuperação, as lembranças da infância não são nada agradáveis. Podem estar cheias de medo porque se sentiam indefesas. Se foram criadas em uma família fora de controle, na qual descuidavam dela, abusavam ou as expunham a violência doméstica e a um comportamento disfuncional, o pensamento de impotência pode ser aterrador. Talvez essas pessoas já tenham até prometido nunca mais serem tão vulneráveis como quando eram crianças.

Jesus nos diz que, para entrar no Reino de Deus, devemos ser como crianças, e isso inclui ser impotente. Ele disse: "- Eu afirmo a vocês que isto é verdade, quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele". (Marcos 10.15).

Em qualquer sociedade, as crianças são os membros mais dependentes. Não têm nenhum poder natural para se autoproteger; não têm meios para garantir que a sua vida seja segura, cômoda e satisfatória. As crianças pequenas são particularmente dependentes do amor, dos cuidados e da proteção de outros nas suas necessidades mais básicas. Elas precisam chorar, mesmo que nem saibam exatamente do que é que necessitam. Precisam confiar sua vida a alguém que é mais poderoso que elas e têm a esperança de que serão ouvidas e cuidadas com amor.

Se queremos nos curar, também temos de admitir que somos completamente impotentes. Isso não significa que temos de nos transformar outra vez em vítimas. Reconhecer a nossa impotência é uma apreciação franca da nossa situação na vida e um passo positivo para a restauração.




APONTANDO O DEDO

"Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus. Porque
Deus julgará vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros e usará
com vocês a mesma medida que vocês usarem para medir os outros".
Mateus 7.1-2 BLH

Certamente que houve momentos nos quais ignoramos os nossos pecados e problemas e apontamos o dedo para alguém. Provavelmente não estamos em sintonia com os nossos assuntos internos porque ainda estamos culpando outros pelas nossas decisões fracassadas. Ou, talvez, evitamos um autoexame e fazemos um inventário moral das pessoas à nossa volta.

Quando Deus pergunta a Adão e a Eva sobre o pecado deles, ambos apontam o dedo um para o outro. "Aí Deus perguntou: - E quem foi que lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu a fruta da árvore que Eu proibi de comer? O homem disse: - A mulher que me deste para ser minha companheira me deu a fruta, e eu comi. Então o Senhor Deus perguntou à mulher: - Por que você fez isso? A mulher respondeu: - A serpente me enganou, e eu comi" (Gênesis 3.11-13).

Culpar os outros como primeira tática de defesa parece ser próprio da natureza humana. Também podemos tentar escapar dos nossos problemas avaliando e criticando os outros. Jesus nos adverte: "Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Hipócrita!! (Mt. 7.3,4).

Lembre-se hoje que sempre é tempo de autoexame. Cuide-se para não culpar ou examinar a vida dos outros. No futuro, haverá oportunidade para ajudar outros, depois que nos tornarmos responsáveis pela nossa própria vida.

O CICLO DO ERRO

Por que será que pessoas inteligentes insistem em cometer erros repetidamente? Por exemplo, um casamento doente acaba em divórcio e é seguido por outro casamento ruim, e outro divórcio. Foi assim com o povo de Israel. Sempre e continuadamente Deus libertava os israelitas dos seus problemas. Por curtos períodos de tempo, o povo manteve a fé firme na adoração à Deus. Mas, em seguida, eram levados a nova falha e queda. A frequência com tais falhas ocorrem por pouco nos leva a pensar que tais padrões são inevitáveis. Não, não são inevitáveis! São resultado de não estar ciente de que a restauração é um processo vitalício e de que necessitamos de ajuda o tempo todo.

Deus não protegeu aquele povo das consequências dolorosas dos seus atos. Ele permitiu que sofressem as consequências para que aprendessem lições valiosas. Enfrentar as consequências de nossos atos se revela parte saudável do processo de cura. Cada vez que os israelitas caíam em si e admitiam sua impotência, teriam sido capazes de quebrar o ciclo. Nós nunca esgotamos os passos iniciais da recuperação. Somos impotentes para lidar com o caos de nossa vida e necessitamos entregar continuamente toda a nossa vida a Deus. 

Chega um tempo em que não dá mais para persistirmos no erro. Esse ciclo precisa ser quebrado já, ou ficamos para trás, não avançaremos! E para agirmos nessa direção não precisamos ser perfeitos. Deus trata com pessoas falhas , humanas e limitadas. Admita a necessidade do Espírito intervir em você, fortalecendo-o (a) para que celebre suas conquistas, quebre o ciclo do erro e segure sua bênção.