Bem vindo ao meu espaço

Uma página aberta para a reflexão e restauração da saúde do pastor e de sua familia.

terça-feira, 31 de maio de 2011

GRUPO DE AMIGOS -Tratando dos Transtornos na Sexualidade

O Grupo de Amigos tem por objetivo aconselhar pessoas que vivem com conflitos homossexuais e também prestar apoio a seus familiares & cônjuges. É um grupo que possui uma liderança polidenominacional de voluntários dentro da esfera cristã evangélica. Atuamos no Rio de Janeiro desde maio de 1988, quando iniciamos nossas atividades na Comunidade S-8. São 22 anos de existência em que temos ajudado muitas pessoas, seus familiares e suas igrejas a lidarem com esta questão da sexualidade humana.
Realizamos palestras, encontros, retiros, jornadas, treinamentos, participamos de congressos e outras atividades cristãs ou seculares no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Brasília e outros estados brasileiros solicitados pelas lideranças e agendados.
Funcionamos em várias igrejas evangélicas em aconselhamentos individuais nos PAs (Pronto-Atendimentos), que são destinados às pessoas, sem qualquer distinção, que expressam desejo de mudança e buscam uma resposta para seus questionamentos e seus conflitos homoeróticos.
Essas pessoas são encaminhadas para os grupos de mútua-ajuda, onde homens e mulheres, seus familiares & cônjuges partilham suas dificuldades pessoais e encontram apoio da equipe de trabalho do ministério GA. Entre nossos aconselhados, a maioria é de cristãos, que nos procuram insatisfeitas com esses conflitos. São pessoas que às vezes passam a ter vida dupla, se colocando em sérios riscos cotidianos. Outras que lutam internamente, mas não praticam a homossexualidade, e alguns que já estão em nossas igrejas correm o risco de desviarem devido às pressões que passam. Nossas igrejas precisam socorrer essas vidas para serem verdadeiramente livres, em vez de discursos condenativos, preconceituosos, e que negam esta situação dentro de sua membresia.
E assim estamos trabalhando com algumas denominações evangélicas nesses anos em parcerias ministeriais com apoio também de alguns Conselhos de Pastores e indicados por alguns importantes ministérios deste país.
Contato:
www.missao.grupodeamigos.nom.br
RJ - (21)2625-1991
SP - (11)7358-3389
MG - (38)9169-2329

terça-feira, 24 de maio de 2011

PASTORES: NÃO ANDEM SOZINHOS

Se viver sozinho fosse bom, Deus não criaria Eva e permitiria que o homem vivesse isolado na terra. Coloca ao seu lado uma ajudadora que, em parceria com ele, cumpriria os propósitos de Deus na terra. Vieram os filhos, os netos e em pouco tempo a multiplicação da espécie humana toma gigantescas proporções. Estava então estabelecido os propositos de Deus com a parceria e a comunhão dos homens entre si.

Não nascemos para viver isolados. Quem intensiona nos isolar é o diabo, que nos enxerga (pastores) como um vírus, que preciasa ser isolado para se matar. O projeto de Deus em toda escritura é que os homens de Deus desenvolvam parcerias e mutualidade em busca do avanço do reino. Mas isso não expressa a realidade. Em momentos de medo e angústia homens de Deus tendem ao isolamento e uma vida solitária e infrutífera.

Veja Elias. Ele tinha um ajudante, um aprendiz que não podia deixá-lo em momento algum, ainda existiam cem profetas escondidos em cavernas e mais sete mil espalhados por todo o Israel e ainda um grande amigo chamado Obadias, que era mordomo de Acabe. Num momento difícil de esgotamento Elias optou em se isolar desses amigos e fugir, viver sozinho numa caverna parecia melhor. Não ser confrontado, consolado e encorajado. Vivia as mesmas circunstâncias que os outros líderes , mas ficou sem perspectivas por não sabre o que fazer. Seria diferente se procurasse um desses profetas para 'trocar'. O isolamento foi sua opção e o sofrimento sua companhia. Deus foi buscá-lo e a primeira coisa que fez foi conduzí-lo a outros líderes. Deveria procurar Eliseu e compartilhar o futuro do ministério profético para aquela geração.

No Novo Testamento encontramos um bom exemplo de líderes que compartilham. Paulo foi mentoreado por Barnabé e mais tarde mentoreou a Timóteo e vemos nessa dinâmica uma enriquecedora caminhada de edificação mútua entre obreiros. Paulo era um tipo de líder que se abatia com o isolamento, e clamava pela companhia dos amigos. Em suas prisões ele gritava: "Procura vir ter comigo depressa" (2 Tm.4.9). Ele sabia o que o isolamento e a solidão seria capaz de consumí-lo. Se cercava de amigos : "...Lucas está comigo"(v.11). Mas ansiava por mais parceiros ao seu lado: " ...traga Marcos, que é muito útil..."(v.11). Paulo dava exemplo do quanto era abençoado ao andar junto com parceiros ministeriais e advertiu que nessa afinidade entre pastores haveria um fortalecimento mútuo na graça de Deus. (2 Tm.2.1,2) "Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fieis e também idôneos para instruir a outros".

Jesus nunca andou sozinho, e tinha pelo menos, três dos apóstolos para os momentos mais íntimos e difíceis (Pedro, Tiago e João). Os levara aos ambientes mais especiais como no monte da transfiguração, e ao lar de Jairo, onde aconteceu um dos maiores milagres do novo testamento. Ele ensinou seus discípulos os mesmos valores e que caminhassem pelo menos de dois em dois. Um princípio retirado do Velho testamento que mostra o valor do cordão de três dobras, que não se rompe tão facilmente. O único discípulo que decidiu fazer as coisas sozinho foi Judas, que assim Deu brecha para o diabo e que terminou enforcado. Até na cruz Jesus foi acompanhado.

Além de sua esposa, a quem deve ser sua parceira imediata e estar ao seu lado na visão que Deus lhe dá para o ministério, é necessário buscar outros que também pastoreiam a fim de firmar essa parceria de amizade e ajuda mútua. Como fazemos isso? Quem escolher para compartilhar, e dividir minha vida? A quem prestar contas?Ore, ouvindo a Deus. Dedique um tempo para fazer isso. Faça isso em cada passo a seguir também. Se auto-avalie para discernir se você tem algumas características que impedem que as pessoas queiram lhe mentorear. Procure eliminar quaisquer barreiras suas que impedem que um relacionamento de mentoria dê certo.

Anote os nomes dos três melhores candidatos, sabendo que nenhum é perfeito e que pode precisar de uma pessoa que lhe ajude mais em sua vida pessoal, espiritual, emocional e conjugal e outra pessoa para ser um mentor ou líder na área ministerial. Este exercício quebra a barreira de pensar que não existe ninguém. Demonstra que nenhuma das três opções é perfeita, podendo assim diminuir um pouco as expectativas de alguém ser “Salvador da Pátria”.


Juntos somos melhores!

Pr. Silvio Duque

sexta-feira, 20 de maio de 2011

ALICERCES PARA UM NOVO MINISTÉRIO

Seu ministério é bem alicerçado? Você já parou para identificar os alicerces do seu ministério? Se não, todo seu esforço pode ser como o do “insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (Mt 7.26b, 27).
O início é o momento de colocar alicerces. É bem mais difícil colocá-los no meio ou no final de uma reforma. Se você está começando seu ministério ou uma nova fase dele, atente para os alicerces patentes no início do ministério de Jesus:
1. O derramar do Espírito Santo
2. Firme convicção de sua identidade
3. Testes que provam seu caráter
4. Firme convicção de seu chamado
5. A escolha de sua equipe
Estou num ano de transição entre o velho ministério MAPI nos moldes que construí e o “nascimento” de um novo MAPI. O primeiro foi bom em muitas coisas; o segundo pretende ser excelente em pouco: apoiando pastores e suas equipes de liderança para serem saudáveis. Estou em transição, assim como muitos pastores e líderes. Que Deus nos ajude a colocar os alicerces necessários para a nova fase de nosso ministério.
Três destes alicerces se encontram nos seguintes versículos: “16 Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento o céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. 17 Então uma voz dos céus disse: ‘Este é o meu Filho amado, em quem me agrado’. 1 Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo” (Mt 3.16, 17; 4.1).
A unção ou derramar do Espírito não caracterizou apenas o início, mas todo o ministério de Jesus. Ele deu autoridade a seus discípulos antes de enviá-los como apóstolos e mais tarde ordenou que esperassem pelo batismo com o Espírito Santo para começarem plenamente seu ministério (Lc 24.48,49; At 1.8). De forma parecida, Paulo ficou cego e parado até receber a imposição de mãos e ser cheio do Espírito para então começar seu ministério (At 9.17, 18). O começo de novas igrejas foi caracterizado por essa unção (At 8.14-25; 10.44-48; 19.1-7). A comissão pelo Espírito Santo marcou o início da primeira equipe missionária em Antioquia (At 13.1-3). No período em que Timóteo firmava os alicerces na igreja de Éfeso, Paulo o alertou para manter “viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos” (2 Tm 1.6). Ai de nós se iniciarmos nossos ministérios sem este alicerce, podendo cair na condenação de ter “aparência de piedade, mas negando o seu poder” (2 Tm 3.5).
Jesus foi afirmado pelo Pai em sua identidade de filho. Essa declaração aparece nove vezes na Bíblia, começando séculos antes dele nascer e encerrando décadas depois (Mt 3.17; veja Is 42.1; Mt 12.18; 17.6; Mc 1.11; 9.7; Lc 3.22; 9.35; 2 Pe 1.17). Muitos pastores e líderes têm uma identidade de servo e não de filho. Como servo ou obreiro, sentem-se obrigados a ajudar os outros, ganhando seu sentido de valor nisso. Como filhos, o ministério é o transbordar de amor, aceitação e alegria, de acompanhar o Pai no que enxergamos que Ele está fazendo (Jo 5.19, 20a). A maioria entende mais a teologia de ser filho de Deus do que a realidade de ser como Jesus na prática. Sempre reproduzimos segundo nossa espécie e é trágico saber que reproduzimos servos ou obreiros bem mais do que filhos.
O terceiro alicerce é passar por um teste que prova seu caráter. Depois de 40 dias de preparo, o teste de Jesus foi administrado por Satanás em três áreas (Mt 4.1-11). Vale a pena se questionar: “Se Satanás quisesse me destruir ou ao meu ministério, quais estratégias ele usaria?” Refletir sobre isso pode nos ajudar a levantar uma defesa ou planejar um “contra-ataque”, no caso de um ataque surgir.
Muitas vezes a prova vem num período de seca, num deserto, ou mudando a metáfora, na época de “inverno”. Nas regiões de muito frio, como no norte dos EUA, o inverno chega com neve, gelo e frio. As árvores perdem suas folhas, ficam sem formosura, parecem esqueletos mortos. Mas essa época é exatamente a mais importante para o futuro da árvore, pois é nesse período que suas raízes crescem. Se você estiver passando por um inverno, que Deus lhe dê graça para perceber a bênção Dele e você possa abraçar os Seus propósitos.
Jesus também experimentou a convicção do Seu chamado no início de seu ministério. “O Espirito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para...” (Lc 4.18, 19). Esta convicção permitiu que ele soubesse dizer “sim” à voz do Pai e “não” às outras vozes (Mc 1.35-38). Quem não sabe qual é seu chamado, a área na qual deve se dedicar, é sempre jogado de um lado para outro pelas vozes ao seu redor, pois não tem alicerces firmes.
Um último alicerce surge no início do ministério de Jesus quando ele escolhe sua equipe (Mt 4.18-22; veja Jo 1.29-51). Jesus investiu um ano e meio na seleção dos Doze antes de separá-los; depois teve um círculo maior de 70 parceiros. Se você está iniciando uma nova fase de ministério, neste próximo período (de alguns anos?) você precisa investir pesado para levantar a equipe de parceiros que será o alicerce para o resto de seu ministério. Este período pode ser de grande alegria se você experimentar uma boa amizade no processo de desenvolver um relacionamento especial de uma equipe de ministério.
Encorajo-o a meditar nas passagens citadas, pedindo a Deus um novo derramar de Seu Espírito e abraçando os outros alicerces como fundamentos para o seu ministério. Que você possa ser “como o homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha.”
Reflexão para sua equipe:
1. Qual dos alicerces mais preciso focalizar individualmente? E de forma coletiva?
2. Como posso ir atrás de uma nova unção ou derramar do Espírito?
3. Como posso firmar minha identidade como filho de Deus? Quais áreas ainda precisam mudar?
4. Qual foi a essência de cada um dos três testes de Jesus? Se Satanás quisesse acabar comigo, quais testes ou tentações administraria?
5. Qual minha declaração de chamado?
6. Como posso priorizar a escolha ou formação de minha equipe?

Por David Kornfield

terça-feira, 17 de maio de 2011

QUANDO O QUE CUIDA PRECISA DE CUIDADOS

Inicio esse artigo com um trecho do livro 'O mestre inesquecível', de Augusto Cury, ao abordar a necessidade de entendermos nossa humanidade, as crises que passamos e o abalo emocional que podemos sofrer, independente de sermos líderes, pastores, padres, executivos etc.
Ele diz: "...muitos acham que um transtorno emocional é sinal de fragilidade e de pequenez intelectual. Esse conceito existe tanto no meio acadêmico quanto, principalmente, nos meios religiosos. Ledo engano. A depressão e a síndrome do pânico, por exemplo, costumam atingir as melhores pessoas da sociedade, as mais sensíveis, afetivas e humanas...Elas são boas para os outros, mas péssimas para si mesmas. Cuidam dos outros, são incapazes de prejudicá-los, mas não sabem cuidar de si mesmas".

Esse é um quadro real na vida de muitos pastores que hoje se vêem abalados emocionalmente e profundamente desgastados pelo estresse do ministério.Perplexos porque nunca se preveniram para esse tipo de situação, e sequer acreditavam que poderia acontecer com eles. Sentiam-se imunes às doenças emocionais. Entenderam da pior forma que são iguais a todas as pessoas. Esses homens aprenderam que é importante dar a vida por outras pessoas, ajudá-las mesmo quando não devem, e entram no colapso da exaustão.

Foi prevendo esse desgaste que o apóstolo Paulo em 2 Tm. 5 advertiu a Timóteo a se cuidar. Ele alerta que nos últimos dias a humanidade desenvolveria comportamentos tipicamente doentios, como egoismo, ganancia, insensibilidade, autoritarismo, agressividade etc.(v.1,3). Pessoas com essas tendências seriam (são) membros de nossas igrejas hoje. E evidentemente passariam a exigir muito mais de sua liderança.

Depois de mais algumas admoestações Paulo se dirige especificamente ao amigo pastor e alerta: "Cuide de você mesmo..." (v.16a). O que cuida dos outros sempre precisará de cuidados para que não chegue ao limite de sua saúde e sanidade, para não perder o equilíbrio e o controle de si mesmo. Infelizmente muitos lideres chegaram a esse ponto.

Com treze anos de ministério pastoral, vivi negando meus conflitos emocionais acreditando de forma errada que eu não poderia viver uma depressão ou um esgotamento intenso. Me entregava as atividades da igreja aceitando que nada podia me parar. Ajudei muitas pessoas com crises depressivas, encaminhei membros para psicólogos amigos, mas jamais queria me diagnosticar muito menos buscar ajuda.Sabia que tinha algo de errado, mas achava que não poderia dar um tempo nas atividades para me tratar. Espiritualizando o problema, dizia que Deus me curaria, ou que era apenas cansaço. Para encurtar a história, caí em profunda depressão e precisei deixar a igreja para me tratar. Eu não quis parar, então a crise me parou.

Por seis meses me coloquei num processo de restauração. Fiz terapia por alguns meses, o que me ajudou, mas o melhor de tudo foi o aprendizado que tudo isso me trouxe. Minha familia foi a única a me apoiar, velhos companheiros desapareceram e passei a conhecer um Deus que nunca experimentara. Me identifiquei com Jó em sua teologia do sofrimento, mas, o mais maravilhoso foi passar a me relacionar melhor com o Deus da graça. Deitei em seu colo e recebi aceitação, chorei em seus ombros e percebi suas mãos recolhendo cada gota de minha dor, Senti o quanto me amava e estava disposto a cuidar de mim naquele momento, Trabalhou comigo principalmente a quietude no coração e a paciência. Contemplei um Deus de pleno amor e doçura, diferente do carrasco pronto a punir quando falhamos, (muito pregado por aí), que não me ataca furiosamente nas horas em que tenho medo; mas que é refúgio e fortaleza nas horas de grande angústia.

Venho me restaurando a cada dia que passa. Mas hoje tenho visto algo preocupante: A minha história se repetindo na vida de muitos outros pastores. Tenho compartilhado o que vivi e há pronta identificação em muitos colegas de ministério. Talvez você seja um pastor precisando de cuidados. Te digo que, se não se tratar, não conseguirá ajudar ninguém em seu rebanho. As doenças emocionais assolam a sociedade de forma intensa e agressiva. E por que nós, pastores e líderes, estariam excluídos desse grupo? Lembre-se das palavras do especialista em transtornos emocionais: "A depressão e a síndrome do pânico costumam atingir as melhores pessoas da sociedade, as mais sensíveis, afetivas e humanas" . Quem são essas pessoas, senão os homens e mulheres de Deus?

O espaço deste blog existe para oferecer aos pastores e pastoras uma opção de reflexão, um divã para repensar a postura e uma página de meditação e quietude em meio ao caos emocional instaurado em nossa sociedade, pelas cobranças e ativismo religioso.

Cuide-se já!

Que Deus te abençoe em Cristo Jesus.

Pr. Silvio Duque