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sábado, 26 de novembro de 2011

SAUDADES DE JOHN STOTT

Em agosto do ano passado, ganhei do meu saudoso amigo Carlos Henrique, missionário e líder do ministério Grupo de Amigos, o livro A Missão Cristã no Mundo Moderno (Ultimato). Estou lendo pela segunda vez, mas um tema em particular me chamou atenção: As perspectivas da missão. Abro aspas para John Stott:
"Essa visão tradicional está longe de ser considerada morta e sepultada. O denominado Movimento de Jesus tem encorajado a formação de comunidades cristãs para onde jovens evangélicos zelosos vão quando saem do mundo ímpio. A comunidade facilmente se transforma em um condomínio fechado e até mesmo em um estabelecimento semimonástico. Assim, o único contato que tais cristãos têm como o mundo (o qual eles consideram como total e irremediavelmente ímpio) são ocasionais incursões evangelísticas.
O mundo é como um prédio em chamas, dizem eles; a única tarefa do cristão é montar uma operação resgate antes que seja tarde demais. Jesus vem a qualquer momento; não há razão para tentar mudar a estrutura da sociedade, pois a mesma está condenada e perto de ser destruída. Além do mais, é possível que quaisquer tentativas de melhorar a sociedade sejam ineficazes, pois pessoas não-transformadas não podem construir um novo mundo. A única esperança do homem é nascer de novo. Somente assim a sociedade pode ter um renascimento de forma aceitável. Mas agora é muito tarde para isso.
Tal pessimismo que evita o mundo é um estranho fenômeno entre aqueles que dizem crer em Deus...
Um cristianismo que perdeu sua dimensão perdeu o sal, e não somente é insípido em si mesmo, mas inútil para o mundo. Porém, o cristianismo que usa a preocupação vertical como um meio para escapar de sua responsabilidade para com a vida comum do homem é uma negação da encarnação, do amor de Deus pelo mundo manifestado em Cristo.
Todos nós deveríamos concordar que a missão surge primariamente da natureza de Deus e não da natureza da igreja.
Para nós, é mais natural gritarmos o evangelho às pessoas a certa distância do que nos envolvermos com elas de forma profunda, pensarmos dentro de sua cultura e de seus problemas e sentirmos suas dores com elas. Como o Pacto de Lausanne declara: - Nós afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo como o Pai o enviou e isto conclama para um envolvimento profundo e dispendioso no mundo".

Stott é um tipo de homem que nunca dá vontade de se fechar aspas para ele.

Graça e paz!

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